segunda-feira, 26 de setembro de 2005

Tanto e tão pouco

Você não pode mais pensar como cristãos, budistas, hindus, e muçulmanos. Nós estamos enfrentando uma crise tremenda que os políticos nunca podem resolver porque eles são programados para pensar em um modo particular. Nem pode os cientistas entender ou resolver a crise; nem ainda o mundo de negócios, o mundo de dinheiro. O ponto decisivo, a decisão perceptiva, o desafio, não está na política, na religião, no mundo científico. Está em nossa consciência.


Se houver apenas cinco pessoas que queiram escutar, que queiram viver, que tenham a face voltada para a eternidade, será o suficiente. De que servem milhares que não compreendem, completamente imbuídos de preconceitos, que não desejam o novo(…)? Gostaria que todos os que queiram compreender sejam livres, não para me seguir, não para fazer de mim uma gaiola, que se torne uma religião, uma seita. Deverão estar livres de todos os temores (…), do medo da espiritualidade, do medo do amor, do medo da morte, do medo da própria vida.
Quem falou isso?

Provavelmente seu autor não estaria muito preocupado em ter seu nome revelado, afinal, o que realmente importa é o seu conteúdo, é a mensagem revolucionária que este homem que viveu entre nós trouxe e que, poucos quiseram ouvir.
Talvez o seu nome seja muito estranho, seus hábitos diferentes dos nossos, os motivos são muitos para desacreditar e para fazer com ele o que já foi feito com tantos outros. Crucificá-lo.
Como ele, tantos vieram e falaram sobre a mesma coisa. Pregaram nas praças, nos mercados, nas sinagogas e o resultado foi sempre o mesmo. Incompreensão, zombaria, incredulidade, raiva e pouco, muito pouco entendimento.
Criaram religiões, seitas, doutrinas, ordens, filosofias e quando olhamos ao nosso redor, vemos que o mundo está um caos.
Me pergunto a razão disso tudo.
A humanidade possui dezenas de denominações religiosas e um número inversamente proporcional de valores morais.
A saída para isso não está nas religiões, não está nos santos, nos profetas, nas escrituras, nos textos, nos messias; eles estão mortos ou são meras palavras ou conceitos. A saída está em nós mesmos e é exatamente isso o que tantos falaram, e nós, ao invés de seguir suas palavras, nos perdemos em conjecturas vazias e infrutíferas, motivados por egos inflados e doentes de orgulho e egoísmo.
É mais fácil e confortável acreditar em algo fora de nós, em uma salvação externa que nos alcançará do que em nós mesmos. Ninguém que ter responsabilidades, muito menos em relação a si mesmo. O mérito é meu, mas a culpa é dele!
Então, como diria JIDDU KRISHNAMURTI: (ops…falei o nome!) “Deverão estar livres de todos os temores (…), do medo da espiritualidade, do medo do amor, do medo da morte, do medo da própria vida.”
Viva a liberdade! Sem medos, sem culpas e sem dúvidas!

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