segunda-feira, 30 de julho de 2007

Dia das mães

Firmei-me na lua cheia
No grande dia das Mães
Pedindo conforto a meu Pai
E pedindo benção a mamãe


A benção para viver
E colher esta grande família
Para um dia eu apresentar
No Reino da Soberania


Oh! Santa Mãe das Mães
Em todo o Universo impera
Protegei a nossa família
Com minha Mãe que me trouxe em matéria


A doutrina é verdadeira
O Santo Daime em tudo se soma
O Mestre é o de Nazaré
E o mistério é da Amazônia
Mad. Rita

A ignorância da raiva

Imagine-se andando com os braços carregados de compras do supermercado. Então, alguém grosseiramente colide, fazendo você e as compras caírem no chão. Assim que você se levanta da poça de ovos quebrados e massa de tomate, está pronto para gritar: “Imbecil! O que há de errado com você? Está cego?”.

Mas antes mesmo que possa tomar fôlego para falar, você vê que a pessoa realmente é cega. Ele, também, está esparramado na poça. Sua raiva some em um instante, para ser substituída por preocupação bondosa: “Você está machucado? Deixe eu te ajudar”.

Nossa situação é como essa. Quando claramente compreendemos que a fonte da desarmonia e dor no mundo é a ignorância, podemos abrir a porta da sabedoria e compaixão. Então, ficamos em uma posição adequada para curar a si mesmo e aos outros.

Extraído do site Samsara

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Revelação da verdade

CANTO II – Revelação da Verdade

11. Andas triste por algo que tristeza não merece – e tuas palavras carecem de sabedoria. O sábio, porém, não se entristece com nada, nem por causa dos mortos nem por causa dos vivos.

12. Nunca houve tempo em que eu não existisse, nem tu, nem algum desses príncipes – nem jamais haverá tempo em que algum de nós deixe de existir em seu Ser real.

13. O verdadeiro Ser vive sempre. Assim como a alma incorporada experimenta infância, maturidade e velhice dentro do mesmo corpo, assim passa também de corpo a corpo – sabem os iluminados e não se entristecem.

14. Quando os sentidos estão identificados com objetos sensórios, experimentam sensações de calor e de frio, de prazer e de sofrimento – estas coisas vêm e vão; são temporárias por sua própria natureza. Suporta-as com paciência!

15. Mas quem permanece sereno e imperturbável no meio do prazer e do sofrimento, somente esse é que atinge a imortalidade.

16. O que é irreal não existe, e o que é real nunca deixa de existir. Os videntes da Verdade compreendem a íntima natureza tanto disto como daquilo, a diferença entre o ser e o parecer.

17. Compreende como certo, ó Arjuna, que indestrutível é aquilo que permeia o Universo todo; ninguém pode destruir o que é imperecível, a Realidade.

18. Perecíveis são os corpos, esses templos do espírito – eterna, indestrutível, infinita é a alma que neles habita. Por isto, ó Arjuna, luta!

19. Quem pensa que a Alma, o Eu, que mata, ou o Eu que morre, não conhece a Verdade. O Eu não pode matar nem morrer.

20. O Eu nunca nasceu nem jamais morrerá. E uma vez que existe, nunca deixará de existir. Sem nascimento, sem morte, imutável, eterno – sempre ele mesmo é o Eu, a alma. Não é destruído com a destruição do corpo (material).

21. Quem sabe que a alma de tudo é indestrutível e eterna, sem nascimento nem morte, sabe que a essência não pode morrer, ainda que as formas pereçam.

22. Assim como o homem se despoja de uma roupa gasta e veste roupa nova, assim também a alma incorporada se despoja de corpos gastos e veste corpos novos.

23. Armas não ferem o Eu, fogo não o queima, águas não o molham, ventos não o ressecam.

24. O Eu não pode ser ferido nem queimado; não pode ser molhado nem ressecado – ele é imortal; não se move nem é movido, e permeia todas as coisas – o Eu é eterno.

25. Para além dos sentidos, para além da mente, para além dos efeitos da dualidade habita o Eu. Pelo que, sabendo que tal é o Eu, por que te entregas à tristeza ó Arjuna?

26. Se o ego está sujeito às vicissitudes de nascer e morrer, nem por isto deves entristecer-te, ó Arjuna.

27. Inevitável é a morte para os que nascem; todo morrer é um nascer – pelo que, não deves entristecer-te por causa do inevitável.

28. Imanifesto é o princípio dos sêres; manifesto o seu estado intermediário; e imanifesto é também o seu estado final. Por isto, ó Arjuna, que motivo há para a tristeza?

29. Alguns conhecem o Eu como glorioso; alguns falam dele como glorioso; outros ouvem falar dele como glorioso; e outros, embora ouçam, nada compreendem.

30. Eterno e indestrutível é o Eu, que está sempre presente em cada ser. Por isto, ó Arjuna, não te entristeças com coisa alguma.

Bhagavad Gita

quarta-feira, 4 de julho de 2007

O Um contém o Todo

Não é necessário remover nada do que existe. De fato, não há nada que possamos retirar da existência. Se tirássemos uma coisa, teríamos que tirar tudo, por que o um contém o todo. Quando entramos na cozinha num dia de inverno nos sentimos aquecidos e confortáveis. Nossa sensação de calor e conforto não é devida ao fogão que está na cozinha, ela se deve ao frio que está lá fora. Se o tempo fora não tivesse frio, não teríamos a sensação de conforto ao entrar na cozinha quente.

Sentimentos agradáveis são feitos de sentimentos desagradáveis. Sentimentos desagradáveis são feitos de sentimentos agradáveis. Isto é assim por que aquilo é assim. Uma formação mental contém todas as outras formações mentais. Toda semente contém todas as outras. A semente da raiva contém dentro de si a semente do amor. A semente da ilusão contém dentro de si a semente da iluminação. Cada gene de nossas células contém todos os outros genes. Num bom ambiente, um gene nocivo pode lentamente se transformar em um gene saudável. Essa idéia pode abrir muitas portas para modernas terapias.

Esse é o ensinamento do Buda. Quando nos esquecemos deste ensinamento somos arrastados para o mundo de nascimento e morte. Mas quando transformamos nossa distração em plena consciência, vemos que não existe nada que necessitemos rejeitar ou descartar.

Extraído do site Thich Nhat Hanh

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Imitação de Cristo – Livro I – Cap. VI

CAPÍTULO 6

Das afeições desordenadas

1. Todas as vezes que o homem deseja alguma coisa desordenadamente, torna-se logo inquieto. O soberbo e o avarento nunca sossegam; entretanto, o pobre e o humilde de espírito vivem em muita paz. O homem que não é perfeitamente mortificado facilmente é tentado e vencido, até em coisas pequenas e insignificantes. O homem espiritual, ainda um tanto carnal e propenso à sensualidade, só a muito custo poderá desprender-se de todos os desejos terrenos. Daí a sua freqüente tristeza, quando deles se abstém, e fácil irritação, quando alguém o contraria.
2. Se, porém, alcança o que desejava, sente logo o remorso da consciência, porque obedeceu à sua paixão, que nada vale para alcançar a paz que almejava. Em resistir, pois, às paixões, se acha a verdadeira paz do coração, e não em segui-las. Não há, portanto, paz no coração do homem carnal, nem no do homem entregue às coisas exteriores, mas somente no daquele que é fervoroso e espiritual.

Tomás de Kempis