quinta-feira, 27 de janeiro de 2005

Sem amor

A inteligência sem amor, te faz perverso.
A justiça sem amor, te faz implacável.
A diplomacia sem amor, te faz hipócrita.
O êxito sem amor, te faz arrogante.
A riqueza sem amor, te faz avaro.
A docilidade sem amor te faz servil.
A pobreza sem amor, te faz orgulhoso.
A beleza sem amor, te faz ridículo.
A autoridade sem amor, te faz tirano.
O trabalho sem amor, te faz escravo.
A simplicidade sem amor, te deprecia.
A oração sem amor, te faz introvertido.
A lei sem amor, te escraviza.
A política sem amor, te deixa egoísta.
A fé sem amor te deixa fanático.
A religião sem amor se converte em tortura.

Autor desconhecido

terça-feira, 18 de janeiro de 2005

Queremos saber

Queremos saber,
O que vão fazer
Com as novas invenções
Queremos notícia mais séria
Sobre a descoberta da antimatéria
e suas implicações
Na emancipação do homem
Das grandes populações
Homens pobres das cidades
Das estepes dos sertões
Queremos saber,
Quando vamos ter
Raio laser mais barato
Queremos, de fato, um relato
Retrato mais sério do mistério da luz
Luz do disco voador
Pra iluminação do homem
Tão carente, sofredor
Tão perdido na distância
Da morada do senhor Queremos saber,
Queremos viver
Confiantes no futuro
Por isso se faz necessário prever
Qual o itinerário da ilusão
A ilusão do poder
Pois se foi permitido ao homem
Tantas coisas conhecer
É melhor que todos saibam
O que pode acontecer
Queremos saber, queremos saber
Queremos saber, todos queremos saber

Gilberto Gil

Sinais

Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que certa vez, o rico chefe de uma grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou :

- Por que oras com tanta fé? Como sabes que DEUS existe, quando nem ao menos sabes ler?

O crente fiel respondeu :

- Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele.
- Como assim? indagou o chefe, admirado.

O servo humilde explicou :

- Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?
- Pela letra - respondeu
- Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se informa sobre o autor dela?
- Pela marca do ourives.

O servo sorriu e acrescentou :

- Quando ouves passos de animais, ao redor da tenda, como sabes, depois, se foi um carneiro, um cavalo, um boi ?
- Pelos rastros. - respondeu o chefe, surpreendido.

Então, o velho crente convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso :

- Senhor, aqueles sinais lá em cima, não podem ser de homens!

Autor desconhecido