quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006

Homens livros

O Universo é uma imensa livraria. A Terra é apenas uma de suas estantes.Somos os livros colocados nela.

Da mesma maneira que as pessoas compram livros, apenas pela beleza da capa, sem pesquisarem o índice e conteúdo do mesmo, muitas pessoas avaliam os outros pela aparência externa, pela capa física, sem considerarem a parte interna.

Outras procuram livros com títulos bombásticos, sensacionalistas histórias de terror ou romances profundos.
Também é assim com as pessoas: há aquelas que buscam sensacionalismos baratos, dramas alheios ou apenas um romance.

Somos homens-livros lendo uns aos outros.Podemos ficar só na capa ou aprofundarmos nossa leitura até as páginas vivas do coração.

A capa pode ser interessante, mas é no conteúdo que brilha a essência do texto. O corpo pode ter uma bela plástica, mas é o espírito que dá brilho aos olhos.

Também podemos ler nas páginas experientes da vida muitos textos de sabedoria.Depende do que estamos buscando na estante.

Podemos ver em cada homem-livro um texto-espírito impresso nas linhas do corpo.Deus colocou sua assinatura divina ali, nas páginas do coração, mas só quem lê o interior descobre isso.

Só quem vence a ilusão da capa e mergulha nas páginas da vida íntima de alguém, descobre seu real valor, humano e espiritual.

Que todos nós possamos ser bons leitores conscientes.

Que nas páginas de nossos corações, possamos ler uma história de amor profundo.Que em nossos espíritos possamos ler uma história imortal.

E que, sendo homens-livros, nós possamos ser leitura interessante e criativa nas várias estantes da livraria-universo.A capa amassa e as folhas podem rasgar. Mas, ninguém amassa ou rasga as idéias e sentimentos de uma consciência imortal.

O que não foi bem escrito em uma vida, poderá ser bem escrito mais à frente, em uma próxima existência ou além …

Mas, com toda certeza, será publicado pela editora da vida, na estante terrestre…
…ou em qualquer outra estante por aí.

Texto: Homens-Livros, tradução de Wagner Borges.

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